A QUESTÃO DO OSCULO!
"Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. TODAS AS IGREJAS de Cristo vos saúdam." Romanos 16.16
"TODOS OS IRMÃOS vos saúdam. Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo." 1 Coríntios 16.20
Em Lucas 7.45 vemos que o osculo era a saudação mais comum nos tempos de Jesus, quando Jesus fala ao seu anfitrião: “Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés."
O apostolo Paulo ensina sobre o osculo acrescentando a palavra “santo, deixando um sentido mais profundo na sua pratica pelos cristãos. É certo que cada povo possui seus hábitos e costumes, e o povo de Deus, como um povo separado e único, seguindo seus ensinos e tendo suas próprias tradições, costumes e praticas indiferentes do local donde estejam.
2 Co 6.16 - E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Rom 9.26 - E sucederá que no lugar em que lhes foi dito:Vós não sois meu povo;Aí serão chamados filhos do Deus vivo.
Tito 2.14 - O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
1Pe 2:9,10 - Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
Judas - Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram;
Apo 5.9 - E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;
Segundo a Bíblia, este modo de saudação usado no Oriente desde os tempos patriarcais (século XVIII a.C.), entre pessoas do mesmo sexo, e em casos especiais, entre pessoas de sexo diferentes. Os pais e as mães beijavam os filhos e pessoas da mesma família, cf. Gênesis 31:28 e 55; 48:10; II Livro de Samuel 14:33. Os filhos beijavam os pais; cf. Gênesis 27:26. Irmãos e irmãs beijavam-se mutuamente – cf. Cantares 8:1. Do mesmo modo faziam outros membros da família; Gênesis 29:11. Amigos e camaradas beijavam-se reciprocamente – cf. I Livro de Samuel 20:41. Nos tempos de Jesus Cristo, os convidados a um banquete eram beijados à entrada da casa – cf. Lucas 7:45. Era assim que os antigos cristãos se saudavam – cf. Romanos 16:16, como símbolo de fraternidade cristã. O beijo parecia não ter conotação maliciosa e era encarado como um cumprimento corriqueiro entre as pessoas e uma expressão de amor fraternal. O beijo de Judas, o beijo da traição, tornou-se tanto mais vil e odioso devido ao fato de um ato de amor fraternal ter sido usado como ato de deslealdade – cf. Mateus 26:49. O beijo era um sinal de respeito, beijavam-se os pés dos reis em sinal de grande honra, ou de humildade e sujeição – cf. Salmos 2:12. A mesma idéia se ligava aos idólatras que beijavam seus ídolos – cf. I Livro de Reis 19:18. Era uso atirar beijos com a mão depois de haver beijado – cf. Jó 31:27. (Adaptado do Dicionário Bíblico de J. Davis, Editora Juerp, 15ª Edição de 1989).
Quando surgiu o sentido erótico do beijo?
Na era romana, os nobres mais influentes permitiam beijar-se nos lábios, enquanto que os outros deveriam beijar as mãos. Na região da Ásia antigamente as pessoas costumavam enviar beijos para os céus, destinados aos deuses. Os gregos, até a metade do século IV antes de Cristo, permitiam beijos na boca entre pais e filhos, irmãos e amigos, como meio de saudação.
Na Antigüidade, o beijo materno, de mãe para filho, era bem comum. Entre gregos e romanos, era observado dentre todos os membros de uma família e entre amigos bastante íntimos ou entre guerreiros no retorno de um combate, muitas vezes, com conotação erótica. Contudo sabe-se que a difusão do beijo se deu principalmente pelos romanos, por este motivo do latim derivam-se três palavras distintas para o beijo:
osculum, beijo na face;
saevium, beijo leve e com ternura;
Basium, beijo na boca
O Beijo na boca, entre cidadãos da mesma classe social, era uma saudação praticada pelos persas. Heródoto, no século 5 a.C., listou todos os tipos de beijos e seus significados entre persas e árabes. Na Idade Média, o osculo era a saudação entre religiosos cristãos tornou-se o “beijo de paz”, que simbolizava a caridade.. Neste mesmo período da história, a Igreja Católica proibiu o beijo caso este tivesse alguma conotação libidinosa. O beijo, afirmavam os religiosos, não tinha de ter ligação com o prazer sexual. Foi a partir do Renascimento que o beijo perdeu sua função oficial e sagrada, passando a ter conotação erótica, sendo os cumprimentos limitados ao aperto de mão e pelo abraço cerimonial; tal movimento dava ênfase ao individualismo, lirismo, sensibilidade e fantasias, com o predomínio da poesia sobre a razão, favoreceram aos ardentes romances e tórridas paixões. Conseqüentemente, os beijos ganharam tremendo espaço e popularidade. Com o feminismo, a mulher, muito mais liberada, não tem mais vergonha de expor seus desejos. A literatura oriunda desta época, os filmes produzidos em Hollywood (quem não se lembra da cena protagonizada por Vivian Leigh e Clark Gable em "...E o Vento Levou"?, mudou hábitos tradicionais de vários povos. Entre os negros, amarelos, povos árabes e indianos, entre os quais o beijo não fazia parte dos costumes (leia mais sobre este parágrafo no site http://www.an.com.br/2001/abr/12/0ane.htm)
Este texto foi enviado ao meu orkut por assembleia Cristã esta publicado originalmente aqui: http://assembleiacristadobrasil.blogspot.com/2010/06/osculo-santo-ou-aperto-de-mao_23.html
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